Frei Betto, renomado intelectual de esquerda, escreveu na folha de são paulo que os torturadores da ditadura eram ateus militantes. Ora... ele disse ateus militantes? Seria isso um CIRCUNLÓQUIO, um PLEONASMO VICIOSO ou mera RETÓRICA?!? E retórica aqui é naquele sentido pejorativo mesmo, do discurso que parece brilhante na forma mas no fundo é pobre nas idéias!
Já pregava a bíblia esquerdista de Karl Marx que as concepções religiosas tendem a desresponsabilizar os homens pelas consequências de seus atos. A aproximação dos teólogos da libertação com a esquerda nos países subdesenvolvidos nos anos 70, veio da denúncia da pobreza como pecado estrutural, propondo um engajamento político dos cristãos na construção de uma sociedade mais justa e solidária... Marxismo puro!
Na mesma linha, o "apresentador de espetáculos televisivos do dia-a-dia", o "Circo Brasil", José Luís Datena, perolou que ateus são pessoas sem limites, por isso matam, cometem essas atrocidades, pois elas acham que são seu próprio Deus. Ora, ora... até que vindo dele, Datena, nem espanta, pois não se pode esperar de tal personagem nada proveitoso, além do que ele se propõe em seu show humorístico.
A observação é que ambos exploram a idéia simplista - e conveniente para a igreja - de que o mal é monopólio de quem não crê, e exaltam a superioridade moral daqueles que creem em algum deus. Ninguém comenta o fato de que a exploração da fé tem como objetivo principal o arrebanhamento humano. Depois de arrebanhados, cada vertente religiosa conduzirá seu gado como melhor lhe convir - desde extorquir dinheiro até estimular o suicídio em massa! Nas linhas mais amenas, a fé será usada como instrumento moral - o temor a deus desencorajaria as pessoas de cometerem crimes, e freariam sua maldade.
A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) planejava uma campanha publicitária contra o preconceito aos ateus. Com frases como "se deus existe, tudo é permitido"; "a fé não dá respostas, só impede perguntas" e "somos todos ateus em relação aos deuses dos outros", a campanha foi recusada, reiterando a inquisição sociorreligiosa que faz da condição de ateu e agnósticos um insulto.
Freio neles! Continuem a jogar favas ao gado...
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