A hediondeza dos crimes sexuais cometidos pelos padres católicos contra milhares de crianças ao redor do mundo, com o devido acobertamento da "Igreja Católica", continua vendendo jornais. Não só pela barbaridade das notícias em sí, mas também pelo sensacionalaismo barato que a mídia usa e abusa sempre que pode.
No gancho do sensacionalismo midiático, os conservadores acharam uma brecha para sua propaganda, e acusam a mídia de instigar ódio contra a Igreja Católica, ao publicar manchetes como "Igreja se desculpa pelos abusos sexuais", alegando que a igreja nada tem a ver com os padres abusadores, ou ainda, "Papa acusado de pedofilia", sendo que a matéria não mencionava o nome do Papa. Ora, pura chumbregação! E para piorar ainda mais a fraqueza de argumentos, conservadores desmiolados alegam que os padres comedores de criancinhas são "comunistas" e "homossexuais". É claro que a direita não perderia a oportunidade de acusar a esquerda de alguma maneira, mas perolar que os padres que abusaram são homossexuais? E os que não abusaram, são o que? Heterossexuais? Bissexuais? Pois não deveriam todos serem assexuados?
Conceitos como homossexualidade ou heterossexualidade só são pertinentes num contexto de cópula, de coito. Os padres da Igreja Católica fazem voto de castidade, portanto deveriam assexuados. Dizer que os comedores de criança são homossexuais não os destitui do papel de padre que a Igreja lhes concedeu. Oras...
Mas à parte dessa desesperada falta de argumentos, falemos de um argumento que vale a pena ser discutido: o livro Good Bye Good Men, de Michael S. Rose, que supostamente expõe as falhas no recrutamento e formação de seminaristas católicos.
O livro atraiu muita atenção justamente devido ao grande número de casos sobre escândalos de abuso sexual na Igreja. O livro tenta explicar as raízes de tal crise. A tese do autor é que nos últimos 30 anos, muitos seminários, casas de vocações diocesanas e ordens religiosas vêm sendo dominados por pessoas com crenças heterodoxas e com simpatia por um estilo de vida imoral, particularmente atividades homossexuais.
Como resultado, segundo o autor, cria-se um ambiente no qual um homem heterossexual e de crenças católicas ortodoxas se sentiria, no mínimo, desconfortável e deslocado. Na pior das hipóteses, é criado um ambiente no qual os potenciais seminaristas que não se enquadrarem na doutrina heterodoxa (liberalismo doutrinário, relativismo ético), que praticam a fé católica tradicional, ou que se mostrem desinteressado no que o autor chama de "subcultura gay" muito prósperas em alguns seminários, são rejeitados como candidatos ao sacerdócio, alegando que são muito "rígidos" ou "dogmáticos" ou não são "colaborativos" o bastante.
Goodbye Good Men é um livro chocante, que todo católico deveria ler, mas não como "O Livro" das respostas para a crise da Igreja Católica. A crise é muito maior! O livro dá detalhes incômodos, como nomes de seminários cujos seminaristas eram levados, junto com seus professores, a bares gays nos fins de semana. Ainda assim, acreditar que o livro seja 100% correto ao afirmar que é um olhar abrangente de todo o ensino seminarista da Igreja Católica seria afirmar também que o próprio Papa Bento XVI é homossexual, já que ele já foi acusado mais de uma vez de acobertar padres pedófilos ao longo se sua carreira eclesiástica. E todo mundo sabe que, pior do que o padre pedófilo, é o superior que lhe passa a mão na cabeça, manda para uma sessão com o psicólogo e depois o manda de volta à sua função!
No gancho do sensacionalismo midiático, os conservadores acharam uma brecha para sua propaganda, e acusam a mídia de instigar ódio contra a Igreja Católica, ao publicar manchetes como "Igreja se desculpa pelos abusos sexuais", alegando que a igreja nada tem a ver com os padres abusadores, ou ainda, "Papa acusado de pedofilia", sendo que a matéria não mencionava o nome do Papa. Ora, pura chumbregação! E para piorar ainda mais a fraqueza de argumentos, conservadores desmiolados alegam que os padres comedores de criancinhas são "comunistas" e "homossexuais". É claro que a direita não perderia a oportunidade de acusar a esquerda de alguma maneira, mas perolar que os padres que abusaram são homossexuais? E os que não abusaram, são o que? Heterossexuais? Bissexuais? Pois não deveriam todos serem assexuados?
Conceitos como homossexualidade ou heterossexualidade só são pertinentes num contexto de cópula, de coito. Os padres da Igreja Católica fazem voto de castidade, portanto deveriam assexuados. Dizer que os comedores de criança são homossexuais não os destitui do papel de padre que a Igreja lhes concedeu. Oras...
Mas à parte dessa desesperada falta de argumentos, falemos de um argumento que vale a pena ser discutido: o livro Good Bye Good Men, de Michael S. Rose, que supostamente expõe as falhas no recrutamento e formação de seminaristas católicos.
O livro atraiu muita atenção justamente devido ao grande número de casos sobre escândalos de abuso sexual na Igreja. O livro tenta explicar as raízes de tal crise. A tese do autor é que nos últimos 30 anos, muitos seminários, casas de vocações diocesanas e ordens religiosas vêm sendo dominados por pessoas com crenças heterodoxas e com simpatia por um estilo de vida imoral, particularmente atividades homossexuais.
Como resultado, segundo o autor, cria-se um ambiente no qual um homem heterossexual e de crenças católicas ortodoxas se sentiria, no mínimo, desconfortável e deslocado. Na pior das hipóteses, é criado um ambiente no qual os potenciais seminaristas que não se enquadrarem na doutrina heterodoxa (liberalismo doutrinário, relativismo ético), que praticam a fé católica tradicional, ou que se mostrem desinteressado no que o autor chama de "subcultura gay" muito prósperas em alguns seminários, são rejeitados como candidatos ao sacerdócio, alegando que são muito "rígidos" ou "dogmáticos" ou não são "colaborativos" o bastante.
Goodbye Good Men é um livro chocante, que todo católico deveria ler, mas não como "O Livro" das respostas para a crise da Igreja Católica. A crise é muito maior! O livro dá detalhes incômodos, como nomes de seminários cujos seminaristas eram levados, junto com seus professores, a bares gays nos fins de semana. Ainda assim, acreditar que o livro seja 100% correto ao afirmar que é um olhar abrangente de todo o ensino seminarista da Igreja Católica seria afirmar também que o próprio Papa Bento XVI é homossexual, já que ele já foi acusado mais de uma vez de acobertar padres pedófilos ao longo se sua carreira eclesiástica. E todo mundo sabe que, pior do que o padre pedófilo, é o superior que lhe passa a mão na cabeça, manda para uma sessão com o psicólogo e depois o manda de volta à sua função!
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