O Auto-Pensante

Women's mind,
by Asky Klafke
O Auto-Pensante
          filosofia barata & amizades caras

24/11/2011

Penso, logo existo... ?

Semana passada exerci uma atividade das mais prazerosas: o diálogo inteligente! Pode parecer banal, mas não é não, camaradinha... a estupidez humana não conhece limites, e fugir dela não é tarefa tão fácil como pode parecer!

Sexta-feira. Lá fomos nós, munidos de nossos parcos conhecimentos, nossas fugazes leituras e nossa exarcebada vontade de discutir, debater sobre nada mais nada menos do que a "inútil" filosofia, pura e sem adornos!

O tema escolhido foi Livre-Arbitrio! Sugerido por mim, o tema deveria ter sido estudado por todos - eu mesmo não tive tempo - para que a discussão pudesse ser baseada em alguma premissa... sinceramente, pensando bem, melhor seria se carregássemos apenas nossa bagagem ao invés de carregarmos a nossa mais a dos outros! Explico:

O debate em questão foi muito produtivo - discorremos sobre pontos importantes do Livre Arbítrio... todos muito relevantes. Só depois de ter lido o material sugerido é que percebi que todos tinham suas idéias bem formadas no texto. E para falar a verdade, é uma pena!

Se fossemos despidos ao encontro, veríamos como nossos corpos são de verdade, sem a cobertura que jogamos sobre ele. Não lendo o texto, estaríamos mais livres para pensar! Foi bem isso que senti naquela noite! Eu bem que tentei trazer Santo Agostinho para a discussão, e discutir o De Libero Arbitrio, importante livro de Santo Agostinho onde ele argumenta contra o princípio maniqueísta do Bem/Mal, da luz/trevas, que acredita que o mal é metafísico e ontológico, e assim imposto ao ser humano... mas como as leituras sugeridas não comentavam nada sobre o aspecto religioso do Livre Arbítrio, fui desviado para outros aspectos, e acabamos por discutir questões éticas, morais e psicológicas do Livre Arbítrio...

Na mesma linha da mala vazia ou de estar nú, não acho que tudo seja uma "ilusão", nem que o Livre Arbítrio seja determinado ou medido pela "responsabilidade" dos nossos atos - tampouco creio no "determinismo" suave dos "compatibilistas". Como disse, creio na livre circulação física e mental, sem "limites" outros que os impostos por nós mesmos, a nós mesmos! Mas é claro, temos que discutir mais sobre isso...

É isso aí! Como o sub-título deste website diz, filosofia barata e amizades caras... muito caras! E como dizia a Rita Lee na música dos Mutantes:
"Mas por favor
Não me leve a mal
Eu só quero
Que você me queira
Não me leve a mal
Não leve a mal..."
Que tal se formos despidos ao próximo encontro?!?

2 comments:

Fabiba said...

Eu bem entendo o seu ponto de vista sobre o dito dilema da 'ilusao'.
“It is humiliating to have to appear like an empty tube, which is simply inflated by a mind”. Wittgen¬stein.

O proximo encontro estaremos muito mais munidos de leitura. Eu aceito a sua sugestao de irmos despidos dela no proximo tema.
Ate!

Eduardo Miranda said...

The problem is not what we "have" to appear, my dear - if an empty tube or a jar of pre-established certainties. The problem is what is in your mind...