O Auto-Pensante

Women's mind,
by Asky Klafke
O Auto-Pensante
          filosofia barata & amizades caras

09/10/2011

Traduzir por traduzir

ou Muito além do Google Translate!


Na TUDA eu exercito duas de minhas paixões, línguas e poesia - aliás, justo falar que minha paixão por línguas veio através da paixão pela poesia. Era uma impressão que me dava, e ainda me dá, ao ler poemas traduzidos de outros idiomas. Quando vinham de uma língua que eu dominava ou tinha razoável conhecimento, invariavelmente acabava comparando a tradução com o original, e geralmente chegava à conclusão de que poderia ser diferente... não melhor ou pior - o que só se descobre depois da empreitada - mas diferente.

Essa sensação me levou aos exercícios de tradução, ainda muito cedo, em meus vinte e poucos anos. Inglês e espanhol eram as línguas-fonte na época. Tais exercícios foram despertando em mim um prazer em decifrar - não é isso a tradução? E fui me acercando cada ve mais de "soluções poéticas" para os  textos, fugindo assim da rigidez do sentido para valorizar características poéticas (rima, métrica, ritmo) e culturais (sentido social, cultural e antropológico adaptados à língua-alvo).


Tal expansão acabou por despertar-me a curiosidade por outras línguas e culturas. Além do inglês e do espanhol, o francês e o italiano passaram rapidamente a fazer parte do meu repertório, e mais tardiamente - e mais arduamente - o japonês, que consequentemente me introduziu ao chinês, e o russo, que proporcionou o contato com as línguas de alfabeto cirílico, como o bielorrusso e o ucraniano.

Com a minha mudança para a Europa, meu horizonte se expandiu de maneira incrível! Aqui passei a ter contato direto com diversas línguas e culturas, e passei a entender melhor suas fronteiras linguísticas e culturais - ou a falta delas - entre línguas de países vizinhos ou no próprio país... os diversos idiomas do reino da Espanha, os diferentes tipos de italiano falados Itália adentro, as particularidades do português e suas sub-línguas anciãs, os diversos dialetos alemães, o francês crioulo, o contato com línguas indo-européias de base cirílica, como o búlgaro, o sérvio, o mongol, o uzbeque e o checheno, etc, etc, etc...

Aí me perguntam:
-- ... mas você fala Polonês?
-- Não, respondo.
-- Você fala Basco?
-- Nem em sonho...
Aí, com aquele ar de desconfiança, disparam:
-- Então como você pode traduzir do Polonês, do Basco, e dessas tantas outras línguas que você não fala?
-- Simples... basta ter em mãos as ferramentas do meu famoso Kit básico para traduzir poesia de uma língua que você não fala ou não domina (língua-fonte) para uma língua que você domina (língua-alvo) !
Confira:
    Essenciais:
  • Um bom dicionário língua-fonte - língua-alvo
  • Um bom dicionário língua-fonte - língua-fonte
  • Um bom dicionário de verbos da língua-fonte
  • Um compêndio gramatical da língua-fonte
    Muito Desejável:
  • Conhecimento social e cultural do país, da época e do autor
    Desejável:
  • Alguém que fale a língua-fonte para trocar idéias
Munido disso tudo, camaradinha, basta muita paciência e adoração por quebra-cabeças e decifração de códigos... voilá!

Manda lá pro TUDA que eu publico!!!

Confira minhas traduções na TUDA:
http://tuda-papeleletronico.blogspot.com/search/label/EMtrad

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