OK, vou tratar de um assunto menos partidário, e tentar assim manter os interesses - meus ou alheios - fora do assunto.
Acabou o racismo no Brasil? Nem de perto! E o que dizer sobre o sistema de cotas nas faculdades? Discriminatório? Sem dúvida, mas reparador.
Brasil, ontem e hoje: A "raça branca" primeiro devasssou terras e abduziu povos, subjugou-os à escravidão por mais de 500 anos - no Brasil ofiacialmente 330 anos, desde o tráfico negreiro iniciado oficialmente em 1559 até o 13 de maio de 1888, quando Princesa Isabel assina a Lei Áurea, extinguindo oficialmente a escravidão no Brasil. Tudo muito "oficialmente", mas praticamente não é assim que funcionou, ou você acredita naquela história que te contaram na escola, nas aulinhas de história ensinada em livros publicados pela ditadura militar, de que depois da Lei Áurea, negros e brancos sairam dançando, festejando o fim da escravatura, todos juntos agora, felizes com a nova situação, e que o negro logo arrumou emprego, começou a trabalhar e a sustentar sua família?
REPARAÇÃO, sim! Embora ache que o estrago seja irreparável, é uma maneira de compensar as gerações futuras pelo mal cometido.
Arnaldo Xaviér, grande amigo meu, já falecido, certa vez me desafiou:
Africa do Sul pós-apartheid: a população branca da África do Sul é unanime em dizer que após o apartheid a situação do negro piorou, pois os conflitos tribais vieram todos à tona novamente. Durante o apartheid, ao menos, eles eram unidos, fossem Zulus, Xhosa, Tswanas ou Swazi - todos contra a opressão branca. Agora que o "racismo" acabou, o problema é cultural e étnico.
Eu diria que este é um outro problema: como o que aconteceu no Iraque de Sadam Hussein, um grupo étnico querendo eliminar outro, como Slobodan Milosevic fez com Croatia, Bosnia, e Kosovo. E a ONU (ou os EUA, se houver petróleo no país) está aí pra resolver essas atrocidades políticas, econômicas ou sociais. Achar que a segregação do apartheid era melhor, essa não! RACISMO NÃO! Esse conjunto de teorias e crenças que estabelecem uma hierarquia entre supostas raças e etnias, que estabelece o direito de uma raça se considerar mais pura ou superior que outra e assim dominá-los... é pura XENOFOBIA! Há novos - e sérios - estudos querendo quebrar o velho paradigma das raças. Esse recorte biológico da diversidade humana, essa evolução do conceito de raça através dos tempos, esse nosso produto cultural empregado não só para estudar populações, mas também para criar esquemas classificatórios que parecem justificar a dominação de alguns grupos por outros.
Eu, que me impus um degredo cultural, por acreditar que só assim poderia enxegar as realidades culturais sem a influência maléfica do conforto, sou XENÓFILO de carteirinha, tendo também a cultura brasileira como eXtrangeira, assim como todas as outras.
Acabou o racismo no Brasil? Nem de perto! E o que dizer sobre o sistema de cotas nas faculdades? Discriminatório? Sem dúvida, mas reparador.
Brasil, ontem e hoje: A "raça branca" primeiro devasssou terras e abduziu povos, subjugou-os à escravidão por mais de 500 anos - no Brasil ofiacialmente 330 anos, desde o tráfico negreiro iniciado oficialmente em 1559 até o 13 de maio de 1888, quando Princesa Isabel assina a Lei Áurea, extinguindo oficialmente a escravidão no Brasil. Tudo muito "oficialmente", mas praticamente não é assim que funcionou, ou você acredita naquela história que te contaram na escola, nas aulinhas de história ensinada em livros publicados pela ditadura militar, de que depois da Lei Áurea, negros e brancos sairam dançando, festejando o fim da escravatura, todos juntos agora, felizes com a nova situação, e que o negro logo arrumou emprego, começou a trabalhar e a sustentar sua família?
REPARAÇÃO, sim! Embora ache que o estrago seja irreparável, é uma maneira de compensar as gerações futuras pelo mal cometido.
Arnaldo Xaviér, grande amigo meu, já falecido, certa vez me desafiou:
"Você não sabe o que é racismo porque nunca teve que acordar com tua cara negra, olhar no espelho essa tua cara negra e ter que meter na rua esta tua cara negra, e ver as pessoas olhando pra tua cara negra..."Pode-se argumentar que antes mesmo da chegada dos portugueses ao Brasil as tribos índigenas já praticavam a escravatura entre eles, é verdade, mas não como comércio ou interesses - eram prisioneiros capturados nas guerras tribais e fugitivos de outras tribos a quem davam refúgio. Algumas tribos praticavam antropofagia com os escravos, devorando-os durante festas e rituais. Mas só com a chegada dos portugueses é que os índios passaram a vender seus prisioneiros em troca de mercadorias.
Africa do Sul pós-apartheid: a população branca da África do Sul é unanime em dizer que após o apartheid a situação do negro piorou, pois os conflitos tribais vieram todos à tona novamente. Durante o apartheid, ao menos, eles eram unidos, fossem Zulus, Xhosa, Tswanas ou Swazi - todos contra a opressão branca. Agora que o "racismo" acabou, o problema é cultural e étnico.
Eu diria que este é um outro problema: como o que aconteceu no Iraque de Sadam Hussein, um grupo étnico querendo eliminar outro, como Slobodan Milosevic fez com Croatia, Bosnia, e Kosovo. E a ONU (ou os EUA, se houver petróleo no país) está aí pra resolver essas atrocidades políticas, econômicas ou sociais. Achar que a segregação do apartheid era melhor, essa não! RACISMO NÃO! Esse conjunto de teorias e crenças que estabelecem uma hierarquia entre supostas raças e etnias, que estabelece o direito de uma raça se considerar mais pura ou superior que outra e assim dominá-los... é pura XENOFOBIA! Há novos - e sérios - estudos querendo quebrar o velho paradigma das raças. Esse recorte biológico da diversidade humana, essa evolução do conceito de raça através dos tempos, esse nosso produto cultural empregado não só para estudar populações, mas também para criar esquemas classificatórios que parecem justificar a dominação de alguns grupos por outros.
Eu, que me impus um degredo cultural, por acreditar que só assim poderia enxegar as realidades culturais sem a influência maléfica do conforto, sou XENÓFILO de carteirinha, tendo também a cultura brasileira como eXtrangeira, assim como todas as outras.
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